Enchentes causam destruição e morte no Paquistão e na Índia
Autoridades seguem com dificuldades em ajudar centenas de milhares de pessoas que perderam suas casas por causa das chuvas
Uma forte monção atinge a região sul do Paquistão desde o início desta semana e já deixou mais de 120 mil casas destruídas ou submersas. Segundo as autoridades das províncias Balochistan e Sindh, as mais atingidas pelas enchentes, cerca de 80% da população local foi afetada. Na Índia, autoridades dizem que pelo menos 1,5 milhão de pessoas tiveram que evacuar o estado de Assam, onde as chuvas já causaram 11 vítimas.
Segundo o governo da província de Balochistan, a maior do Paquistão, ao todo 500 mil pessoas estão sem moradia, sujeitas a epidemias de desinteria, malária e outras doenças. Em cidades no estado de Sindh, falta comida e abrigos.
O exército paquistanês foi convocado para auxiliar na distribuição de alimentos e na busca por desaparecidos. A regiã, no entanto, é altamente insegura para as forças de segurança: algumas cidades no sul de Balochistan, quase junto à fronteira com o Afeganistão, são redutos de insurgentes do Taleban. A área também é ocupada por diversos grupos étnicos que pedem mais autonomia junto ao governo do Paquistão. Relatos de jornalistas afirmam que pouco está sendo feito para salvar a população.
Índia
O governo indiano confirmou a morte de 11 pessoas nesta terça-feira, após fortes chuvas causarem uma das piores enchentes da história do estado de Assam, localizado no nordeste do país. Cerca de 1,5 milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas casas.
Em julho, ao menos 100 pessoas também morreram depois de uma grande monção atingir 18 cidades da região. Além da grande densidade populacional, o estado de Assam abriga o parque nacional Karizanga, lar de especies consideradas em extinção pela Unesco - ao todo 559 animais morreram por causa das enchentes.