Dólar fecha em R$ 2,35, menor nível em um mês

Dólar fecha em R$ 2,35, menor nível em um mês

Moeda norte-americana teve nesta semana a maior perda ante o real desde o ano passado 

O dólar recuou 0,81% e fechou em R$ 2,3534 na venda nesta sexta-feira (21), sua terceira queda consecutiva e menor patamar em um mês — em 20 de janeiro, a moeda norte-americana atingiu R$ 2,3383.

A queda de 1,39% da moeda norte-americanaante ante o real ao longo da semana também representou a maior perda semanal desde o fim do ano passado, à medida que investidores desmontaram posições compradas após o bem recebido anúncio da nova meta fiscal na véspera e acompanhando a depreciação da divisa no exterior.

Segundo dados da Bolsa de Valores de São Paulo, o giro financeiro ficou em torno de R$ 2,8 bilhões (US$ 1,2 bilhão). Um operador de um importante banco nacional avaliou o cenário do câmbio desta sexta-feira.

— Muita gente estava comprada em dólar, com os fundamentos ruins e o cenário preocupante lá fora. Com o anúncio fiscal e a tranquilidade das últimas semanas, o pessoal desfez essas posições.

É o sexto pregão consecutivo em que o dólar fecha abaixo do nível de R$ 2,40, em meio ao arrefecimento das preocupações com mercados emergentes que vinham pressionando ativos de países em desenvolvimento nas praças financeiras globais.

A mais recente fonte de alívio no mercado doméstico foi o anúncio da nova meta de superávit primário para este ano, que foi bem recebida pelo mercado e levou a divisa norte-americana a fechar a véspera no nível mais baixo em um mês. O gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, falou sobre a valorização do real.

— Era esperado que houvesse uma correção, porque o dólar caiu bastante nas últimas sessões, mas o mercado ainda está sob o efeito do plano fiscal, que ajuda um pouco o real.

De acordo com especialistas, mesmo com as recentes quedas, o dólar tende a voltar a subir no curto prazo, com investidores retomando a atitude de cautela agora que as notícias positivas já foram precificadas. Parte do mercado vê que a divisa deve oscilar entre R$ 2,35 e R$ 2,45, níveis que não são inflacionários e, ao mesmo tempo, não prejudicam as exportações.

A queda do dólar no Brasil também foi influenciado pela depreciação da divisa norte-americana nos mercados globais. O movimento ganhou força após as vendas de moradias usadas nos EUA caíram mais que o esperado em janeiro, alimentando preocupações sobre a recuperação da maior economia do mundo.

Ajudou ainda a constante atuação do Banco Central brasileiro no câmbio. Pela manhã, deu continuidade às atuações diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps tradicionais — equivalentes a venda futura de dólares-- com volume equivalente a 197,5 milhões de dólares. Foram 500 contratos para 1º de agosto e 3,5 mil para 1º de dezembro deste ano.

O BC também vendeu o lote integral de 10,5 mil swaps em mais um leilão para a rolagem dos contratos que vencem em 5 de março. Com isso, o BC já rolou cerca de 84% do lote para o próximo mês, que equivale a US$ 7,378 bilhões.


Já a Bovespa fechou estável nesta sexta-feira, num pregão volátil no qual investidores avaliaram resultados corporativos e ainda digeriam a nova meta fiscal de 2014 anunciada pelo governo federal na véspera. Segundo dados preliminares, o Ibovespa teve variação positiva de 0,01%, a 47.292 pontos.





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