Oportunidades no mercado PET
Projeção da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET) indica que o mercado PET no Brasil deve faturar, em 2013, R$ 15,4 bilhões, um aumento de 8,3% em relação a 2012, o que coloca o País como segundo maior em nível mundial, atrás apenas dos Estados Unidos.
O mercado é bastante abrangente e inclui toda a cadeira produtiva, por meio dos segmentos Pet Food (alimento), Pet Vet (medicamentos veterinários), Pet Serv (serviços e cuidados com os animais) e Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza).
Segundo dados da entidade, no Brasil existem aproximadamente 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos, o que coloca o País como a quarta maior nação do mundo em população total de animais de estimação e a segunda em cães e gatos.
Empregos
De acordo com o presidente-executivo da ABINPET, José Edson Galvão de França, em 2012, foram criados 224.570 empregos diretos, dos quais 200 mil apenas em Pet Serv, cujos serviços mais procurados ainda são banho e tosa. “Mas já se nota um crescimento significativo na procura por hotéis e por profissionais como pet sitter e dog walker (passeador de cães)”, diz França.
De olho nos números positivos apresentados pelo setor, empresas, como a Cobasi, investem em planos de expansão, com a inauguração de novas unidades. “Em agosto, abrimos lojas em Sorocaba e São José dos Campos. Mais oito lojas estão em fase de obras e esperamos encerrar o ano com 25 unidades”, diz a gerente de Recursos Humanos da Cobasi, Ana Luiza Elene.
Para atender a esta alta demanda, as contratações estão a todo vapor e a projeção é dobrar o número de colaboradores até dezembro de 2014. “As principais vagas estão voltadas para o atendimento ao cliente, como operadores de caixa, repositores, empacotadores, biólogos, veterinários, técnicos agrícolas, além de cargos gerenciais.
Como o setor pede como diferencial estratégico o atendimento diferenciado, profissionais com habilidades interpessoais, boa comunicação, espírito de equipe, capacidade de adaptação, iniciativa e, principalmente, que gostem de animais são muito valorizados.
Capacitação
Segundo Ana Luiza, há, no entanto, dificuldades na contratação desses profissionais, as quais estão relacionadas principalmente à falta de qualificação e indisponibilidade para trabalhar aos finais de semana.
Cientes desta situação, há empreendedores, como Marlene de Carvalho Fidale, que investem na oferta de cursos profissionalizantes para o setor, como Auxiliar de Veterinário e Banho e Tosa, aliando aulas práticas e teóricas, para que os alunos tenham uma maior probabilidade de ingressar no mercado de trabalho. “Nossos alunos têm sido rapidamente absorvidos pelo mercado. A carência de profissionais é tão grande que muitos, com dez dias de curso, são chamados para freelances”, diz.
De acordo com Marlene, um bom tosador, por exemplo, chega a ganhar cerca de R$ 2 mil. Um banhista, de R$ 50,00 a R$ 100,00 por dia de trabalho como free lancer. Ela, porém, ressalta. “É preciso gostar de animais, ser paciente e muito responsável.”
É o caso da aluna Beatriz de Sousa Ferreira que, antes mesmo de ser formada, exerceu duas experiências profissionais como banhista.
Na última, recebeu uma boa notícia: em razão de seu desempenho, vai ser efetivada. “O mercado PET é muito bom para quem se dedica” e, é claro, gosta de lidar com animais”, finaliza.
