Com 82 anos de vida, Silvio Santos sabe a hora de parar. Após cinquenta anos vendendo o Baú da Felicidade (quando "crediário" e "classe C" nem eram palavras da moda), encerrou o negócio em 2011, por não ter como competir com lojas como a Casas Bahia. Agora, o apresentador planeja o encerramento de seu também cinquentenário programa de TV.
Perguntado se pretendia comemorar 60 ou 70 anos de programa, pela coluna da Mônica Bergamo, na "Folha de S. Paulo", o homem show disse não ter condições físicas. "Quando você chega aos 82 anos e te falam `muito bem`, cuidado, porque com 83 você pode estar no buraco, já", respondeu, sem perder o humor.
Sobre o SBT, que na década de 1990 foi vice de audiência e chegou a ameaçar a liderança da Globo, o empresário disse que a empresa vai bem, mas que é difícil competir porque a "Record faz milagre", em referência ao dono da concorrente, bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. E Silvio garante que não vai vender horários religiosos em sua grade: "é contra o meu princípio, judeu não deve alugar a televisão para os outros. Você não sabe que os judeus perderam tudo quando deixaram outras religiões entrarem em Israel?"
Outro motivo para comemoração, em sua opinião, é o sucesso de sua empresa de perfumes, a Jequiti. A empresa é criticada por ter propagandas milionárias (com Christina Aguilera e Britney Spears como garotas propaganda) sem ter retorno em vendas. Mas o senhor Abravanel garante que a marca "se continuar progredindo, vai chegar a ser uma boa empresa", e diz ter acabado de revender 3 milhões de frascos.
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