Protesto contra Marco Feliciano em Salvador tem presença do Olodum


Protesto contra Marco Feliciano em Salvador tem presença do Olodum
'É caro os direitos humanos no Brasil, custou muitas vidas', diz João Jorge.
Deputado e pastor, Feliciano foi eleito para representar minorias na Câmara.
Um grupo de baianos realizou, na tarde deste sábado (16), mais um protesto contra a presença do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) no comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

A mobilização aconteceu na praça do Campo Grande, em Salvador, e contou com a participação da banda afro-brasileira Olodum, que promove ações para valorizar a autoestima do negro e da pessoa marginalizada.
João Jorge, presidente do Olodum, diz que outras manifestações devem ocorrer em repúdio à eleição do parlamentar para a presidência da comissão.

"É um atentado à república, aos cidadãos brasileiros, do candomblé, da umbanda, os travestis, os negros. Começa assim, como foi na Alemanha com Hitler, a partir de um pequeno partido. O partido dele poderia tirá-lo e colocar outra pessoa. É uma posição fundamentalista. É muito caro os direitos humanos no Brasil, custou muitas vidas, uma longa história", justificou João Jorge. O Grupo Gay da Bahia (GGB) também participou do protesto.



Outras ações
Em Salvador, no dia 10 de março, foi promovida outro protesto contra a eleição do pastor para a comissão da Câmara. A ação aconteceu no Farol da Barra e seguiu com uma passeata até o bairro de Ondina.

Cerca de 600 pessoas participaram do encontro e levantaram cartazes com "Fora Feliciano", "Feliciano, respeite os seres humanos", "Mais liberdade, Menos Feliciano", "Nós somos agora a sua maldição", acompanhadas de gritos de protesto.

Polêmica
Pastor da igreja Assembleia de Deus, o deputado é alvo de protestos porque, em 2011, fez declarações polêmicas em redes sociais sobre africanos e homossexuais. Na negociação que resultou na partilha das comissões entre os partidos, a Comissão de Direitos Humanos coube ao PSC, que indicou o pastor de São Paulo para a chefia do colegiado.

A escolha de Feliciano para presidir a comissão gerou protestos de entidades de direitos humanos e de parlamentares. O deputado é alvo de dois processos no Supremo Tribunal Federal: um inqúerito que o acusa de homofobia e uma ação penal na qual é denunciado por estelionato. A defesa do parlamentar nega as duas acusações. Na presidência, o deputado terá poder para colocar ou retirar de pauta projetos de lei relacionados a direitos humanos e defesa de minorias.



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