Homem que atropelou ciclista na Paulista ficará preso, diz delegado


Homem que atropelou ciclista na Paulista ficará preso, diz delegado
Acidente ocorreu na manhã deste domingo e amputou braço da vítima.
Motorista fugiu do local e jogou braço amputado em rio. 


O  motorista Alex Siwek, de 22 anos, que atropelou o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos,  na Avenida Paulista na manhã deste domingo (10)  vai ficar preso, de acordo com o delegado Luiz Francisco Segantin Júnior.  Por volta das 21h, ele foi transferido do 78º Distrito Policial, nos Jardins, para o 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, na região central da cidade.

O motorista responderá por tentativa de homicídio doloso, fuga do local, embriaguez ao volante e por ter, segundo a polícia , "inovado no cenário ao tentar se desfazer do braço da vítima."

Segundo a polícia, por enquanto não há possibilidade de fiança.  O delegado disse que o motorista não quis falar sobre o acidente durante depoimento na delegacia. Ele também se recusou a fazer exame de sangue, mas passou por exame clínico. O  laudo deverá sair nos próximos dias.
O advogado do motorista afirmou que seu cliente tem bons antecedentes e considerou pesado o enquadramento dado pela polícia. Ele disse que vai levar informações ao fórum nesta segunda-feira para que a Justiça decida qual a melhor forma de conduzir o caso.

O acidente ocorreu por volta das 5h30, quando o ciclista que trafegava no sentido Paraíso da Avenida Paulista foi atropelado próximo ao Metrô Brigadeiro. No acidente, o braço direito da vítima foi amputado. No horário em que ocorreu o acidente, a ciclofaixa de lazer ainda estava desativada. O motorista fugiu do local sem prestar socorro. O rapaz foi socorrido pelos bombeiros e levado para o Hospital das Clínicas, onde segue internado em estado estável.
Segundo a polícia , após o acidente o motorista ficou atordoado, complemente sem noção do que estava fazendo. Ao se apresentar a policiais de uma unidade no bairro da Saúde, na Zona Sul,  contou que atropelou alguém e disse: "me prende, me prende."
Na descrição da polícia, Alex estava dentro de um Honda Fit ao lado de um amigo quando o acidente ocorreu. O ciclista foi atropelado por trás e lançado sobre a frente do veículo. O braço direito do ciclista foi amputado por estilhaços de vidro do pára-brisas e permaneceu preso ao veículo.

O motorista fugiu do local, deixou o amigo em casa e depois foi à Avenida Ricardo Jafet, de onde lançou o braço amputado da vítima em um córrego. Depois, voltou à própria casa, guardou o carro na garagem e dirigiu-se a pé à unidade policial para se entregar.



Segundo o delegado, testemunhas disseram que o motorista dirigia em velocidade incompatível com o local, em zigue-zague, entrando e saindo da faixa reservada ao tráfego de bicicletas.


A polícia busca imagens do acidente.  Também aguarda  uma pessoa que presenciou o fato e socorreu o ciclista.  Para o delegado, a apresentação do motorista não altera a gravidade do evento.
A polícia ouviu o amigo do motorista e o liberou. Também ouviu duas testemunhas que ocupavam um carro paralelo ao do motorista e que ajudaram a socorrer a vítima. Os policiais que receberam o motorista deverão ser ouvidos. O carro envolvido no acidente passou por perícia, mas não foi apreendido.

Defesa
O advogado do motorista, Pablo Naves Testoni, disse à noite que o rapaz é filho único, tem comportamento excelente e nunca teve nenhum problema criminal na vida. "O que me parece é que estamos diante de um acidente  terrível", afirmou.
Questionado se o motorista teria mesmo ingerido bebida alcoólica e estaria embriagado, o advogado respondeu que os  rapazes chegaram a uma balada no Brookin à 0h30. Segundo o advogado, Alex contou que bebeu quatro cervejas.
"Jamais passou pela cabeça dele atropelar ou causar qualquer lesão a uma pessoa . Essas circunstâncias serão elucidadas pela justiça e ele se reservou o direito de só se manifestar no Judiciário", afirmou o advogado.
Questionado se o enquadramento de seu cliente foi muito pesado, o advogado respondeu. "Sem dúvida nenhuma. Os crimes dolosos, sobretudo contra a vida,  têm penas altíssimas", afirmou.
Mais cedo, outro advogado do motorista, Cássio Paoletti,  disse que o cliente não prestou socorro à vítima porque temeu a reação de pessoas que estavam próximas ao local do acidente.
"Segundo ele, ele temia pela conduta dos que estavam ali presentes", disse o advogado, sobre o fato de o motorista não ter prestado socorro à vítima.

Questionado sobre o motivo de o jovem ter se desfeito do braço da vítima, ele disse: "Eu não posso entender. Como ser humano eu estou absolutamente chocado com isso. Eu acredito que foi um lampejo de consciência que o levou à polícia", disse o advogado Cássio Paoletti.


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