Designer desenvolve aplicativo com truques de adestramentos para cães

Designer desenvolve aplicativo com truques de adestramentos para cães
Criadores de aplicativos devem fidelizar usuário, diz professor.
Renda pode vir do donwload ou da venda de espaços publicitários.
O mercado dos dispositivos móveis, como smartphones e tablets, ampliou as oportunidades de comercialização virtual. De acordo com a IDC Brasil, apenas no terceiro trimestre de 2012, 4,2 milhões de smartphones foram vendidos no Brasil. O volume representa um crescimento de 65% comparado ao mesmo período de 2011. Paralelo a isso, está o universo dos aplicativos, que desperta o instinto empreendedor de algumas pessoas e, segundo especialistas, é um nicho em franca expansão dentro da tecnologia da informação.
O G1 publica até sexta-feira (1º) a série de reportagens que conta a história de empreendedores virtuais. Eles levaram para a internet boas ideias, disponibilizando serviço ou produtos diferenciados no meio eletrônico, que cresce em grande escala no país.
A designer Keli Mendonça Sovinski, de 24 anos, percebeu que uma dificuldade do dia a dia poderia ser sintetizada em um aplicativo. Apaixonada por animais, ela tem três cachorros e se incomodava quando eles começavam a latir, sem necessidade. Na verdade, ela não entendia a reação dos cães e, portanto, não conseguia controlá-los. “O que mais me incomodava era latir demais por coisas desnecessárias. Eu queria ensinar o não para eles. Eu fui e procurei ajuda na internet e não encontrei. Como esta questão do mobile está muito forte, pensei no aplicativo que teria um acesso bem fácil”, explicou.
A ideia do aplicativo, que ainda está em desenvolvimento, é falar da convivência entre homens e cachorros, orientar como entende as reações, falar de como as atitudes dos donos são assimiladas pelos animais e ainda ensinar truques de para adestramento. “Eles têm o dono como um líder e ficam muito felizes quando veem, mas isso não pode se tornar um problema. É para auxiliar no dia a dia”, afirmou Keli. 
A designer não descarta a possibilidade de ganhar dinheiro com o aplicativo que recebeu o nome de Bino, contudo, destaca que a maior motivação foi evitar o abandono de animais. Na avaliação dela, muitos donos de cachorros os abandonam porque não conseguem impor comportamentos. “A gente não quer que os cachorros sejam abandonados. Queremos proporcionar uma convivência mais pacífica, se comunicar com o cão de maneira clara, sem estresse”, disse.
Inicialmente, o aplicativo deve ser gratuito e o dinheiro pode vir futuramente, através de parcerias com empresas produtoras de ração, por exemplo. Keli ainda estuda a possibilidade de criar algumas atividades dentro do aplicativo pagas. “O dinheiro vem como consequência desta ação social. Com certeza tem uma oportunidade grande, porque o mercado testar crescendo bastante”, acrescentou.
Aplicativos devem ser dinâmicos
Esta estratégia, na avaliação do professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do campus de Cornélio Procópio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Alexandre L’Erario, é uma tendência. “Essa é uma estratégia muito forte quando ela quer inserir o software para um público mais aberto”, comentou.

Segundo o professor, o Bino é um tipo de aplicativo que o criador não sabe, especificamente, quem fará o download. “É um público muito grande. Pode ser uma pessoa que gosta e tem animais domésticos, eu posso não gostar, mas ter um filho que gosta, eu posso não ter animal, mas achar interessante. É uma questão a se estudar. De certa forma, pega um mercado muito amplo que é possível explorar”, avaliou.
L’Erário acredita que a intenção de se vender apenas determinadas atividades do aplicativo é válida. "Inicialmente, você disponibiliza algumas funções básicas e cobra pelas mais avançadas", complementou. Neste caso, são abertas duas opções de renda. O download de opções mais complexas e a venda de espaços publicitários. Uma vez que o aplicativo não é desenvolvido isoladamente, é possível criar diálogos entre as matrizes. O professor exemplifica. “Digamos que o usuário coloca informações sobre o animal, como raça e peso, então, uma marca de ração pode inserir um anúncio oferecendo uma linha de produtos adequada para aquele animal”.

“A empresa tem um contato direto com o público especifico, que é um potencial comprador e o usuário é apresentado a uma marca, que poderia ser desconhecida até o determinado momento”, acrescentou.

O segredo para manter o aplicativo em alta e torná-lo rentável é fidelizar o usuário, disponibilizando atualizações. “Um software é dinâmico, não é estático. Mesmo que atenda o usuário, [aquele que desenvolve o aplicativo] deve ficar atento as necessidades que começam a surgir. Mesmo top de mercado, sem concorrentes, ele pode se tornar obsoleto e pode começar a perder o sentido. Então, eu tenho que estar atento as mudanças e ao tempo de resposta que deve ser rápido ao usuário. O mercado se diverge de uma maneira muito interessante”, explicou o professor. Segundo ele, esta área cresce tanto que chega a faltar profissionais no mercado.

Ele disse ainda que o desenvolvedor de aplicativos deve trabalhar para mantê-lo em um patamar elevado e precisa tentar incorporar novos requisitos ao usuário. Outra dica do professor é fazer com que o download seja realizado da maneira mais simples possível, sem burocracia, sem perder tempo.
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