Em dia mais sangrento desde início do conflito, mais de 300 morrem na Síria

Em dia mais sangrento desde início do conflito, mais de 300 morrem na Síria

Segundo órgão, 211 mortos eram civis e o restante combatentes da oposição e membros das forças pró-governo

Mais de 300 pessoas morreram nesta quarta-feira na Síria, no dia mais sangrento desde o início da revolta contra o regime de Bashar al Assad em março de 2011, denunciaram os grupos da oposição. Os Comitês de Coordenação Local informaram que 343 pessoas morreram vítimas da repressão das forças do regime, enquanto a Comissão Geral da Revolução Síria afirmou que este número foi de 313.

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O Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que durante o dia de ontem mais de 300 pessoas perderam a vida, das quais 211 eram civis e o restante combatentes da oposição e membros das forças pró-governo. O diretor do Observatório, Rami Abdurrahman, confirmou à Agência Efe por telefone que a quarta-feira foi o dia mais sangrento desde o início da revolta contra o regime de Bashar al Assad.

Todas as organizações coincidiram que o maior número de mortos foi registrado em Damasco e sua periferia, embora também exista registro de vítimas em outras províncias do país, como Deir al Zur, Deraa, Hama, Aleppo, Homs e Idlib. A Comissão afirmou que nas localidades de Barze e Ziabiya, nos arredores da capital, as forças leais ao presidente executaram famílias inteiras, da mesma forma que em Deir al Zur.

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Os grupos da oposição informaram ontem que dezesseis pessoas de três famílias tinham sido executadas por disparos dos "shabiha" (milicianos pró-governo) em Barze. Entre os mortos havia várias mulheres e menores de idade. A Comissão ressaltou, além disso, que quinze pessoas detidas em Hama foram assassinadas e jogadas em um poço de água no bairro de Al Arbain. Estas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelas autoridades sírias ao trabalho dos jornalistas.

Esses fatos coincidiram com um duplo atentado realizado ontem contra a sede do Estado-Maior em Damasco, que matou quatro guardas. A ação foi reivindicada pelo rebelde Exército Livre Sírio (ELS). Além disso, o jornalista Maya Nasser, correspondente da televisão oficial iraniana em inglês "PressTv", foi assassinado pelos disparos de um franco-atirador na capital síria, informou a própria emissora. Neste incidente também ficou ferido o responsável do escritório da "PressTv" e da televisão estatal iraniana em árabe "Alalam" na capital síria, Hussein Mortada.

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