Cabo Bruno é morto a tiros um mês após sair da prisão em São Paulo

Cabo Bruno é morto a tiros um mês após sair da prisão em São Paulo

Ex-militar foi abordado por dois homens armados em Pindamonhangaba. Na década de 80, quando integrava esquadrão da morte, ele foi acusado de matar ao menos 50 pessoas.

 Pouco menos de um mês após ser libertado , o ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira foi morto a tiros na noite desta quarta-feira (26) na cidade de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.  Conhecido como Cabo Bruno, ele foi abordado por dois homens armados enquanto voltava de um culto evangélico na cidade de Aparecida.

O crime aconteceu próximo de sua casa, por volta das 23h45, no bairro da Chácara Galega, 34 dias após Florisvaldo deixar a cadeia e dar continuidade, fora dela, à vida de pastor evangélico.
A Polícia Civil investiga o caso e trabalha com a hipótese de execução já que nada foi levado do ex-policial. Ele não chegou a ser socorrido, pois morreu no local. A perícia recolheu algumas cápsulas de pistola ponto 40, mesmo calibre utilizado pela Polícia Militar, e outras calibre 380.


"Segundo testemunhas, eram dois homens que chegaram a pé e atiraram somente contra ele (Florisvaldo). Não foi anunciado assalto. Havia um carro próximo do local, possivelmente utilizado pelos atiradores na fuga. Provavelmente foi um crime de execução", afirmou o tenente Mário Tonini, da 2ª Companhia do 5º Batalhão da PM.
Entenda
Preso na década de 80, o Cabo Bruno foi acusado de matar ao menos 50 pessoas, quando estaria no comando de um esquadrão da morte. Ele permanceceu preso durante 27 anos e cumpriu o período final no presídio de Tremembé. Nos anos de cárcere, Florisvaldo converteu-se ao cristianismo, tornou-se pastor evangélico e se casou com uma cantora gospel.
De acordo com a sentença, o ex-policial militar foi condenado a 117 anos, quatro meses e três dias de reclusão. O agente militar foi preso em 26 de setembro de 1983. Ele foi solto após o indulto pleno, determinado na quarta-feira pela 2ª Vara de Execuções de Taubaté, que declarou extintas as penas privativas de liberdade e concedeu o alvará de soltura.
Durante o período de reclusão, a Justiça registrou três fugas, sendo a última recaptura em maio de 1991. Após cumprir 20 anos de prisão ininterrupta, o acusado adquiriu o direito de indulto, afirma o documento, no dia 29 de maio de 2011. Conforme a decisão, Oliveira havia se comportado bem durante o cumprimento da pena, sem cometer faltas disciplinares.
*com AE

 

Foi libertado no final da tarde desta quinta-feira do presídio de Tremenbé, no interior de São Paulo, após quase 28 anos de prisão, o ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno.
A decisão:  Justiça de São Paulo reduz pena e Cabo Bruno pode ser solto
Acusado de matar ao menos 50 pessoas, o ex-policial conhecido na década de 1980, quando estaria no comando de um esquadrão da morte, teve sua pena reduzida por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Depoimentos afirmam que a maioria eram bandidos da periferia da zona sul de São Paulo. Relembre abaixo:





O indulto pleno, determinado na quarta-feira pela 2ª Vara de Execuções de Taubaté, no interior do Estado, declarou extintas as penas privativas de liberdade e concedeu o alvará de soltura. De acordo com a sentença, o Cabo Bruno foi condenado a 117 anos, quatro meses e três dias de reclusão. O agente militar foi preso em 26 de setembro de 1983 e solto nesta tarde.
O advogado Oliveira, Fábio Tondati Ferreira Jorge, afirmou que o ex-policial militar sairia direto para sua residência, sem informar a localização. Segundo Tondati, seu cliente foi exonerado do cargo e pretende viver vendendo quadros.
Durante o período de reclusão, a Justiça registrou três fugas, sendo a última recaptura em maio de 1991. Após cumprir 20 anos de prisão ininterrupta, o acusado adquiriu o direito de indulto, afirma o documento, no dia 29 de maio de 2011. Conforme a decisão, Oliveira se comportou bem durante o cumprimento da pena, sem cometer faltas disciplinares. O documento é assinado pela juíza Marise Terra Pinto Bourgogne de Almeida.

 
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