Manifestação interrompeu funcionamento de nove terminais, diz SPTrans.
Prefeitura não soube dizer número de linhas e passageiros afetados.
Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), as paralisações começaram às 9h50. Por volta das 16h, havia nove terminais sem operação: Amaral Gurgel, Barra Funda, Bandeira, Lapa, Mercado, Pinheiros, Pirituba, Princesa Isabel e Sacomã.
A SPTrans, empresa municipal que cuida do sistema de transportes, não soube informar o número de linhas e passageiros afetados.
O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo disse ter sido surpreendido pelo movimento: na noite de segunda-feira (19), assembleia da categoria decidiu fechar acordo com a Prefeitura.
Além do movimento concentrado nos terminais, ônibus que circulavam em vias de São Paulo foram obrigados a parar. Motoristas que aderiram ao movimento impediram o prosseguimento de viagens. Um dos pontos de interrupção de itinerários foi a Avenida Faria Lima, por volta das 13h30, quando grevistas obrigaram passageiros a desembarcar.
Motoristas discordam de acordo
De acordo com os motoristas ouvidos pelo G1 no Terminal Pinheiros, eles discordam da decisão tomada em assembleia na noite desta segunda-feira (19).
A categoria decidiu na sede do sindicato aceitar a proposta das empresas. Assim, o sindicato decidiu cancelar a paralisação prevista para esta semana.
Segundo a proposta aceita na assembleia, os motoristas receberão 10% de reajuste salarial, tíquete mensal de R$ 445,50 e participação nos lucros e produtividade de R$ 850, entre outros benefícios.
Inicialmente, as empresas ofereceram 5% de reajuste. Já o sindicato pedia um índice de 13%.
Um dos benefícios mais festejados pela categoria nesta campanha salarial foi o reconhecimento à insalubridade, dando o direito a aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho. O sindicato representa ao todo 37 mil trabalhadores.