Família de adolescente morto no Rio diz que jovem foi torturado
Corpo de Alan de Souza teria sinais de tortura e tiros.
Amigos contaram que uma mulher loira e um homem forte levaram vítima.
A Divisão de Homicídios (DH) investiga a morte de um adolescente de 12 anos, cujo corpo foi encontrado na manhã de domingo (3) próximo à Vista Chinesa, um dos principais cartões postais do Rio, no Alto da Boa Vista. Segundo a família da vítima, Alan de Souza foi encontrado com sinais de tortura e dois tiros na cabeça.
A tia do rapaz Cíntia Jareta contou ao G1 que ele saiu de casa no sábado para brincar com amigos em uma represa na Rocinha e não retornou. Ainda de acordo com ela, eles desceram para andar na Lagoa Rodrigo de Freitas, quando começaram a ser perseguidos por um carro, na altura do Jockey Club Brasileiro.
Cíntia conta que os meninos tentaram fugir. "Os amigos dele pularam para dentro do Jockey para fugir. Os meninos contaram que o Alan não quis entrar porque não devia nada a ninguém e acabou sendo pego por uma mulher loira e um rapaz forte. Eles espancaram o Alan e levaram ele embora."
Segundo Cíntia, quando a mãe do menino, Emiliane de Souza, começou a procurar em hospitais e ligou para a 15ª DP (Gávea). Foi quando soube que o corpo de um menino deu entrada no Instituto Médico Legal (IML). O tio de Alan reconheceu o corpo, que tinha muitas marcas de tortura, além dos tiros.
Inicialmente, a família chegou a desconfiar que os suspeitos seriam seguranças do clube tentando impedir a presença dos rapazes na região, que é uma das mais nobres da capital fluminense, mas, segundo a tia de Alan, Cíntia Jareta, novas informações passadas à polícia se opõem a essa hipótese. A mãe de um dos amigos, que já esteve envolvido em um delito, diz ter visto os suspeitos com aquelas características na delegacia, no dia do crime que ele cometeu.
O Jockey Club Brasileiro informou que está colaborando com as investigações da polícia e que a empresa terceirizada GPS, que cuida da segurança, mantém todos os 10 funcionários em serviço uniformizados e apenas nas portarias.
A família agora acredita que o crime possa ter sido uma retribuição. "Como os dois meninos fugiram, eles pegaram o Alan, que estava junto."
Fonte: G1
