Caetano e Chico dividem o palco em show para campanha política no Rio
Com Chico ao violão, a dupla cantou junta "Medo de Amar"; "Nós tínhamos de cantar uma canção do Vinicius de Moraes", disse Caetano, antes de deixar o palco para que Chico cantasse sozinho sua "Futuros Amantes".
Chico Buarque e Marcelo Freixo em imagem divulgada pela campanha do candidato do PSOL
Encerraram o show dividindo "O X do Problema", clássico de Noel Rosa que Caetano já havia cantado mais cedo, sozinho --a apresentação em prol de Freixo foi organizada e conduzida pelo baiano, que apresentou um repertório de canções ligadas ao Rio; Chico, também eleitor declarado do candidato, fez apenas a participação especial ao final, incluindo ainda um bis com "A Voz do Morro", de Zé Keti.
Por determinação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio, o show não poderia divulgar a candidatura nem ter a participação do candidato, o que impediu manifestações dos artistas --gritos de "Freixo" e "segundo turno" vieram da plateia em alguns momentos.
"Muitíssimo obrigado a vocês por terem vindo celebrar a chegada da primavera carioca", disse Caetano ao público em sua única referência, não explícita, à campanha --"primavera carioca" é um slogan do candidato do PSOL e foi também o nome dado ao show, que teve todos os cerca de mil ingressos vendidos em três dias.
A arrecadação, segundo a produção, foi de cerca de R$ 200 mil, quase metade de tudo o que Freixo obteve em doações até hoje (R$ 429 mil). As entradas custavam R$ 360, mas grande parte foi vendida como meia-entrada