Dia Do Síndico: Profissionalização É Tendência

Dia Do Síndico: Profissionalização É Tendência

Essa é Uma Homenagem de Cristiano Dono do

Portal dos Porteiros

Que hoje é o dia do síndico, a maioria das pessoas já deve saber. Profissional ou não, este cargo é o de maior responsabilidade dentro do condomínio e a cobrança vem de todos os lados. Desta forma, o ideal é se cercar de profissionais competentes e delegar tarefas.

“Ter bons funcionários é primordial. Assim o síndico tem mais segurança e menos reclamações”, diz Adalberto de Lima, síndico do Condomínio Manifesto, que possui cinco prédio e 180 apartamentos. Músico por profissão, Lima foi eleito e pretendia ficar apenas dois anos no comando, mas está há quase oito.

Diferentes formas de gestão também são bem vindas, como a ajuda de softwares específicos para administração de condomínios. Contratar uma administradora para lidar com questões burocráticas ou mesmo para prestar consultorias é outra opção extremamente recomendável, principalmente aos síndicos de primeira viagem. Por isso, o perfil do síndico atual é de pessoas ligadas a tecnologias e abertas a novos aprendizados e conhecimentos.

Dupla jornada

Assim como Adalberto de Lima, há muitos outros casos de síndicos que exercem a função fora do horário de trabalho. Porém, a tendência é o jogo mudar, pois cada vez mais síndicos estão se profissionalizando.

“Donas de casa e aposentados ocupam cada vez menos espaço na liderança dos condomínios. A profissionalização da função é uma tendência confirmada pela pesquisa do Sindicato”, confirma Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicado de Habitação (Secovi-SP).

Um dos motivos para a profissionalização do síndico é que os condomínios cresceram e se tornaram complexos. Alguns condomínios, denominados mistos, possuem prédios residenciais e comerciais com áreas de lazer e serviços.

Principais dificuldades e regulamentação

Administrar as brigas entre condôminos ficou no passado. O síndico agora tem de voltar as energias para outros tipos de problemas. “O principal desafio do síndico atualmente é lidar com questões de inadimplência”, diz Lima. “Problemas que envolvem vazamentos também costumam dar trabalho, porque envolvem mais de um apartamento e muitas vezes é necessário quebrar paredes – e nem sempre ambas as partes concordam com isso”.

Outra questão de interesse de todos, síndicos ou não, faz parte do aspecto legal. José do Amaral Nogueira Júnior, presidente do Sindicato dos síndicos de condomínios residencias, comerciais e mistos, de shoppings centers, incorporações, lotamentos e flats de São Paulo (Sindsin), defende que a profissão seja regulamentada.

“Atualmente, a remuneração dos síndicos não é declarada e o tempo trabalhado não conta para aposentadoria. Somente após esta regularização é que poderemos realmente instituir o dia do síndico”, afirma.

Síndicos mais jovens

Uma pesquisa recente realizada pelo Secovi-SP traçou um perfil do síndico na Grande São Paulo. Eles estão mais jovens (74% dos síndicos de prédios residenciais possuem entre 30 e 60 anos) e melhor preparados (50% têm curso superior e outros 10% fizeram pós-graduação, mestrado ou doutorado). Assim, para o futuro, a profissionalização deve ser o caminho natural na área de administração de condomínios.